quarta-feira, 18 de janeiro de 2012


O ESTADÃO  publicou esta notícia e repasso porque penso que é muito útil!
Bjssssss
A partir do próximo dia 25 os supermercados de São Paulo vão deixar de distribuir as tradicionais sacolinhas plásticas para o transporte das compras. A campanha “Vamos tirar o Planeta do Sufoco”, lançada pela Associação Paulista de Supermercados (Apas) começa no dia do aniversário da capital paulista.
Sim, o banimento dessas sacolas, que levam mais de 100 anos para se decompor, pode ser encarado como um presente, pois a longo prazo trará benefícios ambientais (menos lixo nos aterros, menos bueiros entupidos, menos tartarugas marinhas mortas e por aí vai). Mas seu efeito imediato será mesmo no bolso.
Para começo de conversa, as sacolinhas não saem “de graça”. Seu custo unitário, em torno de R$ 0,03, é embutido no preço dos produtos vendidos pelo comércio e certamente não será retirado com o fim da distribuição.
 Quem esquecer as sacolas retornáveis (de pano, fibra ou material reciclado) poderá comprar as de plástico no próprio mercado por R$ 0,19 cada uma. Como assim, não estão proibidas? Bem, só estão vetadas as confeccionadas com derivados de petróleo, como se sabe, um vilão da Natureza. Mas estão liberadas as feitas com amido de milho, por exemplo, um tipo de plástico mais amistoso ao meio ambiente.
Já as chamadas ecobags, as sacolas retornáveis, custam de R$ 5 a R$ 10. Existem mais caras, de “grife”, mas você também pode usar as que ganhou de brinde nos últimos anos, distribuídas por empresas que querem se associar ao conceito de sustentabilidade. Muitas dessas sacolas devem estar perdidas no fundo dos armários e agora serão resgatadas pelos consumidores. Mas elas também não saem de graça. Praticamente todas têm estampado o nome e o logotipo da empresa, ou seja, nós viramos garotos e garotas propaganda. No fim das contas, acho que é uma troca justa.
Se você quiser ser realmente sustentável, lembre de conferir a etiqueta das retornáveis antes de comprar. Nada contra as importadas da China, mas prefiro estimular a reciclagem e o artesanato no Brasil mesmo.
Mas existe a questão do descarte do lixo orgânico. É que os saquinhos de supermercado cabem direitinho na lixeira da cozinha e do banheiro. A partir de agora, os consumidores vão ter de comprar mais sacos de lixo – nas cidades onde a distribuição já foi abolida, a venda desses produtos aumentou cerca de 15%.
Já faz tempo que levo sacolas de tecido ao supermercado, assim, costumo comprar sacos de lixo para a cozinha e o banheiro, e outros de 50 litros para acomodar embalagens de plástico, vidro e metal que vão para a reciclagem.
Para o cesto do banheiro, comprei na semana passada um pacote de 50 unidades por R$ 8,23, o que dá R$ 0,16 cada uma. Já o pacote com 60 saquinhos de 15 litros tipo ‘sustentável’ para a cozinha custa R$ 21,39. Cada um sai por R$ 0,36, mais caro que o saquinho de amido de milho que passará a ser vendido pelos supermercados.
É natural que no começo a mudança incomode, mas já é assim em muitos lugares e em várias cidades brasileiras. As sacolinhas não saíam de graça, a diferença é que agora o seu custo fica mais evidente e a tendência é o consumidor reduzir o desperdício. Isso sim é uma boa notícia tanto para o bolso quanto para o ambiente.
As sacolinhas não duram para sempre, mas sua decomposição leva cerca de 100 anos. Boa parte vai parar nos lixões, que já estão abarrotados, mas causam estrago maior quando são jogadas nas ruas, onde entopem bueiros e contribuem para aumentar os alagamentos. Também poluem os mananciais, e são um verdadeiro veneno para animais marinhos, como as tartarugas, que os engolem e morrem sufocadas.
Devido aos problemas ambientais, as sacolinhas plásticas foram banidas na Europa e em boa parte dos Estados Unidos. Algumas cidades brasileiras também decidiram pela proibição. Um dos exemplos é a cidade de Jundiaí, em São Paulo, que aboliu <QA0>
as sacolinhas em 2010. Antes da mudança, o consumo médio de cada cidadão era de 59 sacolas plásticas por mês, número que caiu para 10, das biodegradáveis, por mês.


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Leila Cristina