terça-feira, 24 de abril de 2012

JAPONÊS CRIA MÁQUINA QUE TRANSFORMA LIXO PLÁSTICO EM ÓLEO COMBUSTÍVEL

Man Invents Machine To Convert Plastic Into Oil-Assista clicando aqui




Este japonês criou usa solução maravilhosamente simples: Uma máquina que pode ser transportada e que transforma plástico em óleo combustível!
Isto mesmo: um lixo extremamente poluente se torna um produto de grande utilidade para fornecer energia para movimentar carros, ônibus, motos, motores de bomba d’água...etc.
TUDO ISTO COM LIXO!!!!
É isto mesmo, com um material que estaria contaminando nossos  lixões e aterros, praias, rios, encostas de morros e outros lugares mais.
O plástico pode levar até 450 anos para se decompor, segundo o site da UNICEF!!!!
Ele usa tecnologia japonesa e parte do princípio que se o plástico vem do óleo, ele pode se tornar óleo novamente. Este processo também  permite fazer gasolina, e querosene.
Com 1 Kg de  plástico se obtém cerca de UM litro de óleo!
Este mesmo 1 Kg de plástico se for queimado irá produzir  3 Kg de CO2 na atmosfera, e aumentar o efeito estufa!
Usando apenas eletricidade e calor o plástico volta a ser óleo e se evita o lançamento de 80% das emissões de CO2 na atmosfera!
Pode-se evitar o acúmulo de lixo tão prejudicial ao ambiente e a saúde humana.
Brilhante trabalho.
Vale a pena assistir ao vídeo.



Saiba o que está em jogo na votação do Código Florestal

Atualizado em  24 de abril, 2012 - 06:44 (Brasília) 09:44 GMT
Amazônia brasileira (Arquivo / AFP)
Necessidade de adaptar lei ambiental à realidade do país é um consenso entre os envolvidos
A Câmara dos Deputados tentará votar nesta terça-feira o Código Florestal - lei que determina como será a exploração das terras e a preservação das áreas verdes no país-, mesmo sem um acordo entre os partidos sobre o texto já aprovado no Senado.
Porém, o Partido Verde tenta adiar a votação para depois da Rio +20, a Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, por discordar do texto.
"Não vamos fazer nenhum tipo de obstrução para impedir a votação, pois sabemos que não haverá acordo e que o projeto deve ser votado como veio do Senado", disse Arlindo Chinaglia (PT-SP), o líder do governo na Câmara.
O Código já havia sido aprovado na Câmara em maio de 2011 e depois em dezembro no Senado, onde recebeu mais 21 alterações. Mas, por causa delas, terá que passar novamente pela avaliação dos deputados. Só depois disso é que será submetida à sanção presidencial.
"Nós vamos trabalhar sobre o mérito do projeto, e o primeiro passo é aprovar na Câmara o que foi aprovado no Senado, e isso é possível. Mas, se houver alterações, vamos discutir com os deputados essas mudanças", disse Chinaglia.
Para tentar adiar a votação, o líder do PV na Câmara, deputado Sarney Filho (MA), apresentou nesta segunda-feira uma representação pedindo a destituição do relator do código, o deputado Paulo Piau (PMBD-MG), e a nomeação de outro relator.
Ele baseou o pedido em uma questão de natureza técnica segundo a qual o relator não pode apresentar propostas para serem acrescentadas ao texto da lei.
O relatório de Piau foi criticado por petistas e por ambientalistas. Eles dizem acreditar que modificações no texto promovidas por membros do PMDB favoreçam a bancada ruralista em detrimento da preservação ambiental.
Dos debates iniciais entre ambientalistas, ruralistas e acadêmicos às recentes discordâncias na Câmara, entenda as principais polêmicas que vêm rondando o novo Código Florestal:
O que é o Código Florestal?
Criado em 1965, o Código Florestal regulamenta a exploração da terra no Brasil, baseado no fato de que se trata de um bem de interesse comum a toda a população.
A legislação estabelece parâmetros e limites para preservar a vegetação nativa e determina o tipo de compensação, como reflorestamento, que deve ser feito por setores que usem matérias-primas, assim como as penas para os responsáveis por desmate e outros crimes ambientais relacionados. A elaboração do Código durou mais de dois anos e foi feita por uma equipe de técnicos.
Como é a proposta do novo Código Florestal?
Desde que foi apresentado pela primeira vez, o projeto de lei sofreu diversas modificações. As principais diferenças entre a nova legislação e o código em vigor dizem respeito à área de terra em que será permitido ou proibido o desmate, ao tipo de produtor que poderá fazê-lo, à restauração das florestas derrubadas e à punição para quem já desmatou.
Por que o atual precisa ser alterado?
Ambientalistas, ruralistas e cientistas concordam que esta é uma necessidade para adaptar as leis nacionais à realidade brasileira e mundial. O atual foi modificado várias vezes por decreto e medidas provisórias e seria necessário algo mais sólido.
Uma das urgências citadas pelos três grupos é a necessidade de incluir incentivos, benefícios e subsídios para quem preserva e recupera a mata, como acontece na maioria dos países que vêm conseguindo avançar nessa questão ambiental.
Quais são as principais alterações no texto aprovado pelo Senado sugeridas pelo relator do PMDB?
Entre as alterações, o relator Paulo Piau quer a mudança no texto do Senado que obriga os produtores rurais a recompor entre 15m e 100m das chamadas APPs (Áreas de Proteção Ambiental). Ele sugere que o tamanho das faixas de proteção seja determinado a posteriori, por lei ou medida provisória.
O governo criticou a proposta afirmando que, na prática, a alteração funcionará como anistia para produtores que desmataram demais. A bancada ruralista chegou a sugerir que os percentuais de preservação sejam mantidos e que o governo elabore regulamentações para resolver problemas pontuais.
O que são as APPs?
As chamadas Áreas de Preservação Permanente (APPs) são os terrenos mais vulneráveis em propriedades particulares rurais ou urbanas. Como têm uma maior probabilidade de serem palco de deslizamento, erosão ou enchente, devem ser protegidas. É o caso das margens de rios e reservatórios, topos de morros, encostas em declive ou matas localizadas em leitos de rios e nascentes. A polêmica se dá porque o projeto flexibiliza a extensão e o uso dessas áreas, especialmente nas margens de rios já ocupadas.
Qual a diferença entre APP e Reserva Legal?
A Reserva Legal é o pedaço de terra dentro de cada propriedade rural - descontando a APP - que deveria manter a vegetação original para garantir a biodiversidade da área, protegendo sua fauna e flora. Sua extensão varia de acordo com a região do país: 80% do tamanho da propriedade na Amazônia, 35% no Cerrado nos Estados da Amazônia Legal e 20% no restante do território.

domingo, 22 de abril de 2012

Calendário - Minstério do Meio Ambiente


Calendário - Minstério do Meio Ambiente

Eventos do 1o Semestre

Eventos do 2o Semestre

Janeiro
1/1/2012 - Dia Mundial da Paz
11/1/2012 - Dia do Controle da Poluição por Agrotóxicos
Fevereiro
2/2/2012 - Dia Mundial das Zonas Úmidas
6/2/2012 - Dia do Agente de Defesa Ambiental
22/2/2012 - Dia da Criação do IBAMA
Março
1/3/2012 - Dia do Turismo Ecológico
13/3/2012 - Dia Mundial de Luta dos Atingidos por Barragens
21/3/2012 - Início do Outono / Dia Florestal Mundial
23/3/2012 - Dia do Meteorologista
Abril
7/4/2012 - Dia Mundial da Saúde
15/4/2012 - Dia Nacional da Conservação do Solo
19/4/2012 - Dia do Índio
22/4/2012 - Dia da Terra
28/4/2012 - Dia da Educação
Maio
3/5/2012 - Dia do Solo / Dia do Pau Brasil
5/5/2012 - Dia Mundial do Campo
25/5/2012 - Dia do Trabalhador Rural
27/5/2012 - Dia Nacional da Mata Atlântica
29/5/2012 - Dia do Geógrafo
29/5/2012 - Dia do Geólogo
Junho
3/6/2012 - Aniversário da ECO92
4/6/2012 - Semana Nacional do Meio Ambiente
5/6/2012 - Dia da Ecologia / Dia Mundial do Meio Ambiente
9/6/2012 - Término da Semana Nacional do Meio Ambiente
17/6/2012 - Dia Mundial de Combate à Dessertificação e à Seca
18/6/2012 - Dia do Químico
21/6/2012 - Início do Inverno
23/6/2012 - Dia do Lavrador
29/6/2012 - Dia do Pescador
Julho
8/7/2012 - Dia Nacional da Ciência
12/7/2012 - Dia do Engenheiro Florestal
12/7/2012 - Dia do Engenheiro Sanitarista
17/7/2012 - Dia de Proteção às Florestas
28/7/2012 - Dia do Agricultor
Agosto
5/8/2012 - Dia Nacional da Saúde
9/8/2012 - Dia Interamericano de Qualidade do Ar
14/8/2012 - Dia do Combate à Poluição
Setembro
3/9/2012 - Dia do Biólogo
5/9/2012 - Dia da Amazônia
9/9/2012 - Dia do Veterinário
16/9/2012 - Dia Int. de Proteção da Camada de Ozônio / Dia Int. para a Prevenção de Desastres Naturais
19/9/2012 - Dia Mundial pela Limpeza da Água
21/9/2012 - Dia da Árvore
Outubro
5/10/2012 - Dia Mundial do Habitat / Dia da Ave
11/10/2012 - Dia Internacional da Água ( segundo sábado )
12/10/2012 - Dia do Agrônomo / Dia do Mar
15/10/2012 - Dia do Educador Ambiental
27/10/2012 - Dia do Engenheiro Agrícola
Novembro
5/11/2012 - Dia da Cultura e da Ciência
24/11/2012 - Dia do Rio
30/11/2012 - Dia do Estatuto da Terra
Dezembro
7/12/2012 - Dia do Pau-Brasil
9/12/2012 - Dia da Declaração Universal dos Direitos Humanos
14/12/2012 - Dia do Engenheiro de Pesca
21/12/2012 - Início do Verão
29/12/2012 - Dia Internacional da Biodiversidade


Dia da Terra 2012, 22 de Abril

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=azVEMVaoStI

Dia da Terra 2012, 22 de Abril

Dia da Terra foi criado pelo senador americano Gaylord Nelson, no dia 22 de Abril de 1970.
Tem por finalidade criar uma consciência comum aos problemas dacontaminação, conservação da biodiversidade e outras preocupações ambientais para proteger a Terra.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Felicidade Interna Bruta - Sabe o que é????


Caco de Paula - 16/04/2012 às 18:29






O que é essa tal de Felicidade Interna Bruta, afinal? Era assim que a maioria das pessoas com quem eu falava, até pouco tempo atrás, iniciava uma conversa sobre o tema. De uns tempos para cá, o assunto tem sido mais frequente nos noticiários e nas discussões em certas rodas, fazendo com que a compreensão desse conceito se torne mais ampla e acessível. Mesmo assim, ainda há um bom espaço para esclarecer mais como funciona essa ideia. Penso em três pontos principais. Para começar, embora a primeira imagem que possa vir à mente seja a do índice de Felicidade Interna Bruta (FIB) heroicamente derrotando o índice de Produto Interno Bruto (PIB), mais ou menos como aquela figura tão cara ao imaginário brasileiro, de São Jorge matando o dragão, não se trata de nada disso.

A ideia de criar um indicador que dê conta de medir o que o PIB não mede, é, sobretudo, a de estruturar um índice que se some ao que já existe, que seja complementar e não necessariamente antagônico. Segundo: ainda que em toda a parte se noticie, corretamente, até mesmo neste blog, que o FIB tenha sido criado no Butão, não se trata de trazer para a realidade das cidades brasileiras um método que, apesar de dar mostras de funcionar naquele reino do Himalaia, aqui encontra desafios completamente diferentes. Trata-se, portanto, de aproveitar o conceito, a ideia de que é possível fazer melhor, de outra maneira. Terceiro: para um certo pensamento binário, que acredita que as coisas tenham de ser ou istoou aquilo, que não possam ser isto e aquilo, ideias superpostas, complexas ou sistêmicas, é difícil acreditar que o FIB realmente seja algo importante se não for “o contrário” do PIB. Ou, pior, já que o índice, como se explica aqui, não será necessariamente o mesmo, em todos os detalhes, que se aplica no Butão, como se fosse um antigo e imutável modelo da Ford, há quem aponte o FIB como uma tentativa quixotesta, intangível, indefinível e impraticável. Nada mais distante da realidade.
PIB é algo que pode ser complementar ao FIB, que pode ser adaptado a cada país ou região e sim, pode – e deve – ser muito prático.
SACHS, O ANTROPOCENO E A NOVA BUSCA DE FELICIDADE
Não há melhor abordagem para tratar essas questões acima do que o recém-lançado World Happiness Report*, preparado por The Earth Institute*, da Universidade de Columbia, em Nova York. O próprio economista Jeffrey Sachs, do Earth Institute, assina a introdução do que podemos chamar de Relatório Mundial sobre Felicidade. Neste e nos próximos posts trazemos, em primeira mão, a introdução feita por Sachs (aqui traduzida com a colaboração de Nancy Juozapavicius). Vamos, então, ao texto de Sachs:

“Vivemos em uma época de total contradição. O mundo desfruta de tecnologias de sofisticação inimaginável, e ainda assim há pelo um bilhão de pessoas sem o suficiente para comer todo dia. A economia mundial está sendo impulsionada a se elevar a novas alturas de produtividade pelo avanço tecnológico e organizacional contínuo e, no entanto, está destruindo de forma implacável o ambiente natural nesse processo. Os países atingiram mais progresso do que jamais havia sido mensurado de forma convencional, mas ao longo do caminho podem vir a sucumbir a novas crises de obesidade, fumo, diabetes, depressão e outros males da vida moderna.
Essas contradições não teriam chocado os maiores sábios da humanidade, incluindo Aristóteles e Buda. Os sábios ensinaram à humanidade, repetidamente, que apenas o ganho material não iria realizar nossas necessidades mais profundas. A vida material deve ser controlada para atender às necessidades humanas e, principalmente, para promover o fim do sofrimento, a justiça social e a conquista da felicidade. O desafio é real em todas as partes do mundo.


Como exemplo chave, a superpotência econômica do mundo, os Estados Unidos, atingiu impressionante progresso econômico e tecnológico no último meio século, sem ganhos na autodeclarada felicidade dos cidadãos. Em vez disso, incertezas e ansiedade são altas, desigualdades sociais e econômicas foram consideravelmente ampliadas, a confiança social está em declínio e a confiança no governo está no patamar mais baixo de todos os tempos. Talvez por essas razões a satisfação com a própria vida tenha permanecido quase constante durante décadas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) per capita.

A realidade da pobreza, da ansiedade, da degradação ambiental e da infelicidade em meio a uma grande abundância não pode ser considerada simples curiosidade. Requer nossa atenção urgente, e de maneira especial, nessa conjuntura da história da humanidade. Porque entramos agora em uma nova fase do mundo, chamada de Antropoceno pelos cientistas que pesquisam o sistema da Terra.
Antropoceno é um termo recém-inventado que combina duas raízes gregas, “anthropos”, humano, e “kainos”, novo, como em uma nova era geológica. O Antropoceno é a nova era na qual a humanidade, através de suas conquistas tecnológicas e uma população de 7 bilhões de pessoas, se torna o maior propulsor de mudanças dos sistemas físicos da Terra, incluindo o clima, os ciclos do carbono, da água, do nitrogênio, e a biodiversidade. O Antropoceno irá necessariamente reformular nossas sociedades. Se continuarmos de forma descuidada na atual trajetória econômica, corremos o risco de minar os sistemas de suporte à vida na Terra – abastecimento de alimentos, água limpa e clima estável – necessários para a saúde da humanidade e até para a sobrevivência em alguns lugares.  Já estamos experimentando a deterioração dos sistemas de suporte à vida nas terras áridas do Chifre da África e em partes da Ásia Central. Por outro lado, se agirmos com sabedoria, poderemos proteger a Terra ao mesmo tempo em que elevamos amplamente a qualidade de vida em todo o mundo. Podemos fazê-lo ao adotar estilos de vida e tecnologias que aumentam a felicidade (ou a satisfação com a vida) e reduzem os danos que causamos ao meio ambiente. “Desenvolvimento Sustentável” é o termo dado à combinação de bem-estar das pessoas, inclusão social e sustentabilidade ambiental. Podemos dizer que a busca da felicidade está intimamente ligada à busca do desenvolvimento sustentável.
A Busca da Felicidade

Em uma sociedade empobrecida, a busca focada do ganho material da forma como é convencionalmente mensurada geralmente faz muito sentido. Renda doméstica mais alta (ou Produto Interno Bruto mais alto per capita) geralmente significa uma melhoria nas condições de vida dos pobres. Os pobres sofrem privações terríveis de vários tipos: faltam abastecimento de alimentos, empregos remunerados, acesso a sistemas de saúde, lares seguros, água limpa e saneamento, e oportunidades educacionais. Conforme a renda aumenta a partir dos níveis mais baixos, o bem estar da humanidade se aprimora. Não é de espantar que os pobres relatem crescente satisfação com suas vidas conforme suas rendas escassas aumentam. Mesmo pequenos ganhos na renda de um domicílio podem resultar na sobrevivência de uma criança, no fim do sofrimento causado pela fome, em melhoria na nutrição, melhores oportunidades de aprendizagem, partos seguros e possibilidades de melhorias e oportunidades crescentes na escolaridade, treinamento profissional e empregos bem remunerados.


Agora, considere a extremidade oposta do espectro da renda. Para a maioria dos indivíduos no mundo da alta renda, as privações básicas foram vencidas. Há comida, abrigo, confortos básicos (como água limpa e saneamento) e vestuários suficientes para atender às necessidades diárias. De fato, há um enorme excesso do conforto sobre as necessidades básicas. Pessoas pobres trocariam de lugar com pessoas ricas num piscar de olhos. No entanto, nem tudo está bem. As condições de afluência criaram seu próprio conjunto de armadilhas. Deve-se destacar que o estilo de vida dos ricos coloca em perigo a sobrevivência dos pobres. A mudança climática induzida pelos homens já está atingindo as regiões mais pobres e aniquilando vidas e meios de sustento. Diz-se que na maior parte do mundo rico as populações afluentes estão tão separadas daqueles que elas estão colocando em risco que há pouco reconhecimento, prático ou moral, das sobras adversas (ou “externalidades”) de seu próprio comportamento. E ainda assim os problemas da afluência também atacam perto de casa. A afluência criou seu próprio conjunto de aflições e vícios. Entre esses, a perda do sentido de comunidade, o declínio da confiança social e os níveis de ansiedade crescente, associados aos caprichos da economia globalizada moderna, incluindo as ameaças de desemprego ou episódios de enfermidades que não são cobertas pelos planos de saúde nos Estados Unidos.
Maiores rendas médias não necessariamente melhoram o bem-estar médio. Os EUA são um claro exemplo disso, como observa o Professor Richard Easterlin. O PIB per capita dos EUA triplicou desde 1960, enquanto as medidas de felicidade média permaneceram essencialmente inalteradas nos últimos cinquenta anos. A crescente produção dos EUA causou danos ambientais maciços, notadamente através de concentrações de gás de efeito estufa e mudanças climáticas induzidas pelo homem, sem que qualquer coisa tenha sido feita para elevar o bem-estar regular dos americanos. Assim, não temos um “revezamento” entre os ganhos de curto prazo versus os custos de longo prazo ao meio ambiente; temos um simples prejuízo ao meio ambiente sem compensação de ganhos de curto prazo. O paradoxo que Easterlin observou nos EUA foi que em algum momento em particular indivíduos mais ricos foram mais felizes do que os pobres, mas com o tempo a sociedade não se tornou mais feliz conforme se tornava mais rica. Uma razão é que os indivíduos se comparam uns aos outros. São mais felizes quando estão no patamar mais alto na escala social (ou de renda). No entanto, quando todos sobem juntos, o status relativo permanece inalterado.
Uma segunda razão óbvia é que os ganhos não têm sido compartilhados de forma justa, mas foram desproporcionalmente para aqueles no topo da distribuição de renda e educação. Uma terceira razão é que outros fatores sociais – insegurança, perda de confiança social, declínio da confiança no governo – neutralizaram quaisquer benefícios sentidos pelos de alta renda. Uma quarta razão é adaptação: os indivíduos podem experimentar um salto inicial na felicidade quando sua renda aumenta, mas então retornam pelo menos parcialmente aos níveis iniciais conforme se adaptam à nova renda mais elevada. Esses fenômenos colocam um limite claro no quanto os países ricos podem se tornar mais felizes através do simples dispositivo do crescimento econômico. De fato, ainda há outras razões gerais para duvidar da fórmula do PIB per capita em constante crescimento como rota para a felicidade. Embora em certa extensão a renda mais alta possa elevar a felicidade, a busca por uma renda mais alta pode na verdade reduzi-la. Em outras palavras, pode ser ótimo ter mais dinheiro, mas pode não ser tão bom ansiar por isso. Os psicólogos descobriram seguidamente que indivíduos que atribuem grande valor a rendas mais altas geralmente são menos felizes e mais vulneráveis a distúrbios psicológicos do que indivíduos que não anseiam por alta renda. Aristóteles e Buda aconselharam a humanidade a seguir um caminho do meio entre o ascetismo, de um lado, e a busca por bens materiais, de outro. Um problema posterior maior é a criação persistente de novos “quereres” materiais através da publicidade incessante de produtos usando imagens poderosas e outros meios de persuasão.  Considerando que as imagens são onipresentes em todos os nossos dispositivos digitais, o fluxo de publicidade é mais implacável do que nunca. A publicidade é agora um negócio de cerca de 500 bilhões por ano. Sua meta é superar a saciedade criando desejos e anseios onde não existia nenhum antes. Os publicitários e marqueteiros fazem sua parte ao se aproveitar das fraquezas psicológicas e desejos inconscientes. Cigarros, café, açúcar e gorduras trans, todos causam anseios, se não vícios absolutos.
Modas são vendidas através de imagens sexuais cada vez mais explícitas. As linhas de produto são geralmente vendidas associando os produtos a alto status social, e não a necessidades reais. E, finalmente, não há nenhuma advertência para aqueles que esperam se tornar mais felizes tornando-se mais ricos. Mesmo que os ganhos em bem-estar possam ser ampliados por futuros ganhos de renda, há evidências bastante impressionantes de que depois de certo ponto os ganhos são muito pequenos. A ideia chave é conhecida como “diminuir a utilidade marginal da renda.” Suponha que um domicílio pobre com uma renda de US$ 1.000 requer US$ 100 extras para elevar sua satisfação com a vida (ou sua felicidade) em um ponto. Um domicílio rico com renda de US$1.000.000 (mil vezes mais do que o domicílio pobre) precisaria de mil vezes mais dinheiro, ou US$100.000, para elevar seu bem-estar nesse mesmo um ponto. Os ganhos em renda têm de ser em proporções iguais à renda do domicílio para terem o mesmo benefício em unidades de satisfação com a vida.
Esse princípio significa que as pessoas pobres se beneficiam muito mais de um dólar adicionado à renda. Essa é uma boa razão pela qual os sistemas de transferência entre os países de alta renda da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) captam rendas líquidas de domicílios de alta renda e fazem transferências líquidas para domicílios de baixa renda a fim de promover o equilíbrio. Colocado de outra forma, a desigualdade da renda dos domicílios é sistematicamente menor depois dos impostos e transferências”.