“Não é nem justo nem sustentável que uma em cada cinco pessoas ainda não tenha acesso à eletricidade moderna”, disse aos participantes da cúpula, segundo divulgado pelo G1.
A conferência teve como objetivo anunciar três principais metas a serem alcançadas pela iniciativa, que terá a colaboração de um grupo escalado pela ONU composto por representantes de alto nível das áreas de negócios, finanças, governo e sociedade civil. São as metas: garantir o acesso à eletricidade para todas as casas, duplicar o peso global da energia renovável e melhorar a eficiência energética antes de 2030.
Ban disse acreditar no combate à pobreza por meio da facilitação do acesso à energia. “Não é aceitável que três bilhões de pessoas ainda precisem de madeira, carvão, carvão vegetal ou dejetos animais para cozimento e aquecimento”, complementou.
Duplicar o peso das energias renováveis no consumo mundial de energia antes de 2030, até alcançar (apenas) 30%, é desafiante, como reconheceu o Secretário-Geral da ONU, embora factível, segundo todos os participantes do fórum.
Essa transição custaria cerca de 50 bilhões de euros (116 bilhões de reais), conforme estimou o comissário europeu de Desenvolvimento, Andris Piebalgs. A quantia seria pequena se comparada aos atuais preços de importação de combustíveis fósseis, segundo acredita a diretora geral da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), Julia Marton-Lefèvre.
Andrew Steer, enviado especial do Banco Mundial para a Mudança Climática insistiu “haver financiamento” para projetos em energia renováveis, mas que os investidores exigem segurança normativa para assumir o risco de investir no setor. Da mesma maneira, o presidente do Bank of America, Charles Holliday, disse que os bancos investirão em indústrias de energia solar ou eólica em qualquer lugar do mundo, na medida em que puderem obter benefícios com isso.
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